Deuses Renascidos é a sequência de Gigantes Adormecidos, assim como aconteceu com seu predecessor eu li Deuses Renascidos em apenas vinte e quatro horas. Essa resenha contém spoilers do primeiro livro.
Talvez eu não esteja exatamente feliz. Acho que é mais… como se eu me sentisse viva. O que estou tentando dizer é que há um bom tempo não me sentia assim, pelo menos não como agora. Talvez o “normal” não seja bom o suficiente para mim. Talvez até agora eu estivesse tentando ser algo que não sou.
Depois de uma plot twist bombástica no final do primeiro livro, a de que de alguma forma a dra. Rose Franklin morreu, mas voltou a vida, quatro anos mais nova. Tudo isso foi completamente louco e mal pude conter a ansiedade enquanto esperava para ler o próximo livro. Essa reviravolta tem uma explicação corroborada pela ciência, mas isso nem é o foco do livro. Dez anos se passaram desde o final do primeiro livro e o agora estabilizado Corpo de Defesa da Terra (CDT) tem muito trabalho pela frente quando um outro robô gigante se materializa do nada no meio de Londres. Esse é apenas o começo de um momento caótico na história da humanidade.
Os pesquisadores que descobriram e analisaram Têmis tantos anos antes ainda sabem muito pouco sobre esta fascinante e perigosa tecnologia alienígena e agora tem de descobrir a melhor maneira de fazer contato com esses, será que assumirão uma postura amigável? Ou uma postura hostil? E se for a última, os dois pilotos que movem Têmis serão capazes de vencê-los?
Como no primeiro livro a história é contada através de entrevistas, gravações, programas de rádio, entradas de diário, diários de missão e etc, e a voz que esteve presente no primeiro livro, a que sempre fazia as perguntas nas conversas, está finalmente começando a revelar sua identidade para o leitor. A habilidade de escrita de Sylvain é notável, visto que esta empreitada de um livro massivamente escrito em diálogos funciona mais do que bem. São quase 400 páginas que passam voando e a dinâmica da história é maravilhosa, permitindo múltiplas perspectivas e prevenindo contaminações da narração por pontos de vista em primeira pessoa.
Assim como no primeiro livro há muitas explicações e termos científicos e tudo é desenrolado e descoberto aos poucos, ao mesmo tempo pelos personagens e pelos leitores. O livro é impossível de largar tornando a leitura voraz. Uma coisa muito legal que percebi é que os números dos arquivos estão bem altos agora, entorno de 1400 no começo do livro e no início do livro anterior o primeiro arquivo era o número 003. Achei isso muito interessante.
Para minha surpresa a série não era uma duologia como eu havia pensado, mas sim um trilogia, e fico feliz em dizer que não apenas o livro não caiu na teoria dos segundos livros enrolados, como também estou feliz de saber que terei mais um volume para me deliciar com a história incrível criada pelo autor.
Deuses Renascidos é uma experiência de leitura única e um cinco estrelas.
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