Li este livro para fazer um trabalho da universidade e foi uma leitura tão boa que decidi resenhar aqui no blog.
Foi ótimo enquanto durou e a ideia era que durasse para sempre.
O livro é uma antologia de crônicas, com 42 crônicas de diversos autores. É uma leitura rápida e envolvente. E este gênero, como citado pelo organizador Humberto Werneck, acaba sendo um gênero tipicamente brasileiro, isto porque a crônica parece ter se habituado em nosso país como em nenhuma outra parte do mundo, prova disso é a enorme produção destes textos por aqui.
E dizer as palavras esparsas, sem conteúdo, sem raízes – sem a dor necessária que há no fundo de todas as palavras de quem ama.
Os autores são alguns dos melhores no ofício, e as histórias curtas tratam o leitor como amigo, confidente, alguém muito próximo, e durante a leitura temos a sensação de conversar com cada um dos escritores, o que é um sentimento muito bom.
Apenas a necessidade de tocar um no outro, só isso. Estavam ali, inteiros, muito próximos e muito seguros.
Das 42 crônicas, 11 entraram na minha lista de favoritas, incluindo algumas como: Grande Edgar de Luis Fernando Verissimo, Menino de ilha de Vinicius de Moraes, Pequenas Epifanias de Caio Fernando Abreu, O Amor acaba de Paulo Mendes Campos e a minha favoritíssima do livro todo foi Bar ruim é lindo, bicho! do Antonio Prata.
Há histórias sobre tudo e para todos os gostos, um livro perfeito para ser devorado em uma tarde preguiçosa de sol com alguma coisa para comer, prova de que a leitura é sempre uma boa companhia.
Em todos os lugares o amor acaba; a qualquer hora o amor acaba; por qualquer motivo o amor acaba; para recomeçar em todos os lugares e a qualquer minuto o amor acaba.
Para quem quiser ler o Bar ruim é lindo, bicho! É só clicar aqui.
Até a próxima,
Ketelen